O goleiro Rodolfo, de 21 anos, do Atlético, foi suspenso por dois anos, em julgamento ocorrido ontem à noite na 1ª Comissão Disciplinar do Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD). A decisão foi unânime, com o voto idêntico dos cinco auditores. Ele foi flagrado no exame antidoping em duas partidas da Série B (contra CRB e Ceará), por uso de cocaína.
O jogador esteve no STJD, no Rio de Janeiro, e admitiu ser dependente químico desde os 15 anos. “Essa doença está me fazendo muito mal”, declarou.
O advogado Domingos Moro, que defende o Atlético na esfera esportiva, usou como argumento que a droga não beneficia o atleta na questão física, apenas prejudica. E afirmou que o jogador precisa da sua profissão para recuperar. “Sem o trabalho ele não vai se recuperar. Ele precisa atuar, competir”, afirmou.
Durante o julgamento, Moro sinalizou que a estratégia era reduzir a pena, já que a absolvição nesses casos é quase impossível. “A lei diz que tem que punir, mas diz também que pode ter redutores. É isso que venho pedir, que ele tenha redutores. Esse tempo de punição pode ser aliado com o tempo que ele precisa para se recuperar”, disse aos auditores.
Rodolfo poderá recorrer da decisão e levar o caso para a 2ª instância, o Pleno do STJD. O goleiro está internado para tratamento há 12 dias.
No final do julgamento, o presidente da 1ª Comissão Disciplinar, Paulo Valed, elogiou o Atlético pelo tratamento dado ao jogador e afirmou que não concorda com o tratamento dado pela Agência Mundial Anti-Doping. Para ele, a atenção especial deveria ser com a recuperação do atleta. Mas ressaltou que, pela legislação, foi obrigado a votar pela suspensão.
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